Introdução:
Para muitos cristãos
nossos contemporâneos, a santificação do Dia do Senhor não faz mais sentido,
por isso as famílias dos crentes estão tratando o dia em que devemos santificar
para a adoração do Senhor e o nosso próprio bem-estar, com desdém e
irreverência.
Deus em sua Palavra
santifica o Dia do Senhor. Um dia separado para o descanso do cristão, na
antiga aliança, chamado de “sábado” [descanso], não se referindo a um dia
específico, mas ao período de descanso que o crente tem de observar. Na Nova
Aliança do NT, é chamado de domingo, pois foi o dia em que o Senhor ressurgiu
dos mortos, depois de ter consumado a obra da salvação.
Razões para guardarmos o dia do Senhor
Deus nos manda
consagrar uma sétima parte do nosso tempo. Essa ordem está expressa no quarto
mandamento, com as seguintes palavras: “lembra-te do Dia do Descanso [shabbat]
para o santificar, seis dias trabalharás e farás neles toda a tua obra. O
sétimo, porém, é o descanso [shabbat] do Senhor teu Deus. Não farás nenhum
trabalho nem tu, nem teu filho, nem tua filha.....” (Ex. 20. 8-11).
Esse mandamento tem
um caráter duplo:
1) Deves trabalhar
seis dias e fazer neles toda o teu trabalho;
2) Lembra-te de
santificar esse dia.
Trabalho e descanso,
isso é o que exige de nós o quarto mandamento da lei divina.
Para muitos o
trabalho é fruto do pecado. Já ouvi muitas pessoas dizerem que “gostariam de
encontrar o inventor do trabalho para ajustar as contas com ele”. Trabalho não
é pecado. Deus disse a Adão logo depois da Queda: “do suor do teu rosto comerás
o pão”. Antes porém, Adão, mesmo em estado de inocência tinha a tarefa de
cultivar o Jardim do Éden. A consequência da Queda, portanto, não foi o
trabalho, mas a fadiga que dali em diante se originou como consequência do
pecado.
Todo trabalho
honesto e digno é abençoado por Deus e por esta razão todo crente deve
trabalhar alegremente. Jesus Cristo honrou o trabalho durante o seu ministério
terreno, ele ajudava a José na marcenaria. Paulo trabalhava para o seu sustento
como fazedor de tendas.
Cícero, celebre
orador romano julgava o trabalho como algo degradante, mas ele estava errado
pois o trabalho é honrado e nobre. O trabalho honesto faz o homem prosperar,
esse é o espírito do cristianismo. Os reformadores do sec. XVI honraram o
trabalho como modo de produção e enriquecimento. O que a Escritura Sagrada proíbe
é o trabalho desonesto e desonroso. O que a Bíblia proíbe é o crente deixa r de
cumprir com os seus deveres para com Deus pela ambição do lucro através do
trabalho, porém, ensina que o crente deve ser prevenido e que deve poupar um
pouco da sua renda, para o dia da calamidade, tanto para nós mesmos como para
auxiliar ao nosso próximo.
Vamos trabalhar
enquanto podemos, vamos prover para o futuro, isso é ensinado na Escritura
Sagrada. Para isso a Bíblia tem uma exortação muito bela: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as
próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado”. (Ef.
4.28).
A observância do Dia
do Senhor depende do uso que fazemos dos seis dias que Deus nos concede para a
consecução dos bens materiais. Por esta razão, Deus, no decálogo, une a
santificação da observância do dia do descanso ao preceito do trabalho: “Lembra-te
do dia do descanso para o santificar seis dias trabalharás e farás neles toda a
tua obra”.
Se você quer um Dia
do Senhor mais cheio de bênçãos, descanse conforme o mandamento de Deus.....
Deixe de fazer no Dia do Senhor tantas coisas que você julga necessárias, mas que
são dispensáveis.
Trabalhe nos outros
dias de modo que no Dia do Senhor você tenha todos os confortos que a sua
condição lhe permite, sem que para isso você viole os mandamentos do Eterno.
Não se admirem ao
ver nos nossos dias, muitas famílias crentes que não santificam mais o Dia do
Senhor e que estão sofrendo terríveis amarguras de relacionamentos entre pais e
filhos, filhos e pais e cônjuges se desgastando em conflitos. Trabalhe para ter
um descanso verdadeiramente sagrado, que satisfaça aos fins para o qual foi instituído
o Dia do Senhor.
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