Há alguns anos, o
filho único de uma viúva, atingiu a maioridade, tomou posse de sua pequena herança
e aproveitava a sua independência, misturando-se com amigos e gastando com eles
em farras e desordens.
No entanto, o olho
vigilante da mãe descobriu o imenso perigo, e a pobre mulher esforçava-se de
todos os modos para arrancar seu filho da ruina temporal e eterna; em vão,
porém, foram todos os seus esforços.
Contudo, uma ocasião,
sabendo que seu filho ia unir-se a seus companheiros para uma noite de farras,
resolveu a mãe tentar, mais uma vez, todos os meios para demovê-lo da ideia.
Entretanto o que
você pode dizer ou fazer? - Perguntou o moço às suplicas de sua mãe. Farei,
contudo o que bem quiser e irei para onde resolver ir.
- Pois bem, João, já
que você segue tão cegamente o impulso de tuas más amizades, eu já sei o que
farei. Respondeu a piedosa mulher. - Vou fechar-me no meu quarto, vou prostrar-me
diante do meu Deus, e, ai, não cessarei de orar por ti até que de novo veja a tua
face.
O filho então vai
unir-se a seus companheiros de farra, não encontra, porém, o prazer que
esperava: um mal interior o persegue; por mais que se distraia, tem sempre
diante dos olhos a imagem de sua mãe, de joelhos, orando por ele, esperando sua
volta.
Afinal, não se
contem mais: abandona seus amigos, apressa seu passo, chega no quarto de sua
mãe e encontra a pobre mulher ainda prostrada perante Deus. Ele ajoelha-se ao
pé dela; implora seu perdão como um humilde pecador, e, atirando-se nos braços
de sua mãe, agradece-lhe por seu perseverante amor e por seu exemplo de
dedicação a Deus.
Desde esse momento
voltou o seu coração para Deus; encheu-se de júbilo com a sua mãe. A sua mãe tornou
a sua vida mais doce, seu filho seguindo com ela, em um mesmo espírito, o
caminho do Evangelho.
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