Para muitas pessoas dentro e fora dos círculos
evangélicos, a vida de um crente é uma vida mudada ou reformada, mas isso não
representa o cerne da verdade. Os homens podem mudar ou reformar as suas vidas,
mas isso não as torna cristãs.
Para muitos, moralidade é sinônimo de cristianismo,
mas isso não é verdade, pois o homem pode até ser moralmente mudado, mas jamais
entrará no reino de Deus, ainda permanecendo na carnalidade. “Portanto os que estão na carne não podem
agradar a Deus”. (Rm. 8.8).
Os pensadores da sociologia das mudanças humanas,
alegam uma forma completamente diferente da verdade. A única forma de se
alcançar o que propõe a sociologia, é através da ressurreição de Jesus Cristo,
imputada pela fé. Quando o Senhor Jesus morreu crucificado no Calvário, o
crente também morreu com ele pela fé; quando Jesus Cristo, nosso Senhor
ressuscitou dos mortos, o crente também ressuscitou com ele. Paulo afirma:
“Assim
também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo
Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que
obedeçais às suas paixões”. (Rm. 6.11, 12).
A vida do crente, portanto, não é simplesmente uma
vida mudada segundo as forças do homem, mas é uma vida inteiramente nova. “Se alguém não nascer de novo, não pode ver
o reino de Deus” (Jo. 3.3). O
apóstolo Paulo diz: “E, assim, se alguém
está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas”. (II Co. 5.17). Paulo ainda assevera: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”. (Rm.
6.4).
Nenhuma concepção humana pode enquadrar a vida
cristã. Nenhum esforço puramente humano pode produzir esse tipo de vida. Tudo é
alcançado somente pela graça de Deus. Os homens podem até conseguir alguma
mudança nos seus costumes, cultura e comportamento, mas nunca alcançarão, por
esses meios, a vida do crente em Jesus Cristo, porque essa vida é dom de Deus.
Qualquer coisa conseguida pelo homem, por melhor
que seja, no campo da beleza, da moral ou dos bons costumes, é passageiro, não
tem valor eterno. Tiago, irmão de Jesus Cristo, diz: “... que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por
instante e logo se dissipa” (Tg. 4.14). Jó, um dos antigos patriarcas, diz:
“Lembra-te que a minha vida é um
sopro...” (Jó. 7.7), e mais o salmista completa: “Porque os meus dias como fumaça se desvanecem.....” (Sl. 102.3).
Assim como a vida humana é um vapor que se dissipa,
uma fumaça e um fumo, a vida do crente, por outro lado, é eterna, como bem diz
a Escritura Sagrada: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as
conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão”. (Jo. 10. 27,28).
A vida do crente é Jesus Cristo, essa certeza vem
da Sagrada Escritura, que diz: “porque
morrestes, e a nossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando
Cristo, que é a vossa vida, se manifestar, então, vós também sereis
manifestados com ele, em glória”. (Colossensses 3.3,4). Jesus disse aos
seus discípulos: “Eu sou o pão da vida....”
(João 6.35), ele também disse a Marta: “....
Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá” (João 11.25).
Assim como nos alimentamos para dar energia a nosso
corpo, assim, como Cristo é nossa vida, é necessário que a alma se alimente de
Jesus antes de entrar na posse da vida eterna.
A vida do crente não é futura, mas é presente. O
crente já possui a vida eterna: “Quem
crê no Filho tem a vida eterna...” (João 3.36), porque Jesus que é a nossa
vida, na pessoa do Espírito Santo, habita em nossos corações: “Não sabeis que os vossos corpos são
membros de Cristo?” (I Co. 6.15).
Conclusão:
As cosmovisões, sociológica e bíblica são opostas
entre si. Para o homem natural, sem Deus, a mudança é uma questão de política.
Eles não enxergam a realidade dos princípios de Deus, não entendem que as
coisas concernentes às filosofias do homem são incompatíveis com os valores do
reino de Deus. Quero terminar com um texto esclarecedor das Escrituras:
“Ora, o
homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. (I Co.
2.14).
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Amém!
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