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Rev. João d'Eça
O autor é Ministro Presbiteriano, Mestre em Teologia Histórica pelo
Centro Presbiteriano de Pós-Graduação, Andrew Jumper CPAJ (SP)
A "intolerância" dos cristãos é o resultado direto dos ensinamentos de Seu Senhor Jesus Cristo, que, hoje, poderia ser descrito como uma das pessoas mais "intolerantes" que já viveu.
Introdução:
Nas últimas três semanas os cristãos, conhecidos
também como: “crentes”, “evangélicos”, “protestantes” e outros rótulos, tem
sido acusados de intolerância religiosa, porque não aceitam os outros grupos
religiosos como iguais. Mas como podemos tratar como iguais, aqueles que são
total e completamente diferentes?
Os cristãos são “intolerantes” porque eles tentam obedecer às palavras
de Jesus Cristo, dizendo às outras pessoas como elas devem viver para agradar a
Deus, segundo a Sagrada Escritura, e como elas devem crer em Deus, segundo as
Escrituras.
Assim os cristãos são rotulados de “intolerantes” pelo simples fato de
testemunharem zelosamente sobre a sua fé, conforme ensino claro das Sagradas
Escrituras. Embora as ações dos cristãos sejam muitas vezes interpretadas como “intolerância”,
a principal razão por que os cristãos são vistos como “intolerantes” é devido a
definição de “politicamente correto” para a tolerância, que mudou nos últimos
trinta anos.
Uma coisa notável sobre a intolerância, é que aqueles que dizem que nós,
os crentes somos intolerantes e que por isso não devemos expressar nossas
crenças religiosas, são exatamente aqueles que realmente se encaixam na
definição de intolerantes.
Tolerância X Verdade
Tolerância não significa
que nós aceitamos automaticamente as crenças dos outros que não se identificam
como cristãos, como sendo crenças verdadeiras.
Contrariamente à crença
popular, as religiões não ensinam as mesmas coisas, e, por isso, elas não podem
ser todas verdadeiras. Diante de pressupostos que se excluem, todos não
podem estar corretos. Crer em alguma coisa, não faz automaticamente com que
essa crença seja verdadeira. Quem define se é verdadeira ou não são as
Escrituras Sagradas hebraico-gregas, ai já percebemos a exclusividade do
cristianismo, portanto. A sua “intolerância”. A verdade não pode ser sacrificada
no altar de tolerância. Nas sábias palavras do autor das Crônicas de Nárnia: "O
cristianismo, se for falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor
infinito. A única coisa que lhe é impossível é ser "mais ou menos
importante" (C.S.Lewis).
Tolerância verdadeira é respeitar as outras correntes de crenças, mas não é indiferença
para com a verdade.
O cristianismo é o exemplo principal pelo qual todas as religiões não podem
ser verdadeiras. De todas as outras religiões do mundo, somente o
cristianismo, ensina que uma pessoa pode se tornar aceitável a Deus com base em
suas ações na vida. Em contraste, o cristianismo ensina que nenhuma pessoa,
não importa o que eles façam, pode se tornar aceitável a Deus através de suas
próprias ações.
No cristianismo, a aceitação por Deus está baseada na obra de Redenção realizada
por Jesus Cristo na cruz, através da fé no Seu sacrifício vicário que nos torna
aceitáveis a Deus. Portanto, o Cristianismo e as outras religiões, não
podem ser todas elas simultaneamente verdadeiras, pois elas ensinam ideias opostas sobre como se tornar
aceitável diante de Deus.
Um cristão não pode aceitar outros sistemas de crenças como sendo
verdadeiros e ainda manter o seu próprio sistema de crenças, uma vez que são totalmente
contraditórios e opostos entre si.
Os cristãos são na maioria das vezes tidos por "intolerantes"
quando eles se recusam a aceitar os "estilos de vida alternativos",
como por exemplo a liberação das drogas, a liberação sexual ou o comportamento
homossexual. Mais uma vez, este é um uso indevido da palavra
"intolerante". Tolerância não requer a aceitação de todas as ideias
como sendo verdadeiras, mas apenas o respeito a quem decide viver por esses
estilos de vida alternativos, mas que não podem viver desse modo na vida
cristã, porque contradiz a verdade da Escritura Sagrada, e ninguém nesse mundo
pode mudar isso.
E os pseudos intelectuais de esquerda e professores de sociologia da USP,
que dizem que os cristãos não devem expressar suas crenças publicamente, são
realmente os que são os verdadeiros intolerantes, uma vez que eles não estão
dispostos a conceder igualdade de liberdade de expressão às crenças bíblico-cristãs
e ainda ousam blasfemamente, a propor a extinção da Escritura, ou quando menos,
a sua leitura alegórica ou metafórica.
Jesus era “intolerante”
A suposta “intolerância” dos crentes é o resultado direto dos
ensinamentos de seu Senhor, Jesus Cristo, que, se estivesse aqui na terra hoje,
poderia ser descrita como uma das pessoas mais "intolerantes" da
terra. Embora Jesus tratasse bem todos os tipos de pessoas, Ele não era
"tolerante" com os seus "estilos
de vida alternativos". Jesus confrontou diretamente o comportamento imoral,
e ainda exortava as pessoas para pararem de praticar o seu comportamento
pecaminoso.
Além disso, Jesus deu ordens a todos os seus seguidores em todas as
geografias e em todos os tempos, a "fazei
discípulos de todas as nações ... ensinando-os a observar tudo o que vos
ordenei" (Mt. 28. 18-20) e, "pregar o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15).
Jesus não diz nada a se aceitar outras religiões como sendo verdadeiras. Na
verdade, Ele fez uma das declarações mais "intolerantes" que qualquer
líder religioso já fez. Jesus disse: "Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14: 6).
Aqui novamente recorro a C.S. Lewis. Em seu
livro Mero Cristianismo, ele escreve o seguinte:
Tento aqui impedir que alguém diga a
grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a
aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação de
ser ele Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem
que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria
um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que
afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos.
Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou
coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como
um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não
vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele
não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.
Esta declaração só revela que todas as outras religiões e ideias
religiosas não podem ser verdadeiras. Nenhuma outra religião se não o
cristianismo, afirma que Jesus é o único caminho para Deus. Portanto, ou
Jesus estava dizendo a verdade e Ele é o único caminho para Deus ou Ele era um
mentiroso e um falso profeta.
Portanto, se isso é ser intolerante, não me importo, podem dizer que eu
sou intolerante.
Conclusão:
Os cristãos, crentes, evangélicos, protestantes, ou seja lá que rótulo
nos derem, em seu afã de seguir os mandamentos do seu Senhor, podem parecer
excessivos e preconceituosos no seu entusiasmo. No entanto, na crença de
que Jesus é o único caminho para Deus, queremos que todas as possam entender
suas escolhas e as consequências dessas escolhas.
O amor exige que nós compartilhemos a mensagem do Evangelho (As Boas Novas)
de Jesus Cristo. A boa notícia é que todas as pessoas podem entrar em um
relacionamento pessoal com o Deus e Criador do universo através da fé em Jesus
Cristo.
"Porque
Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
(João 3:16)
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