Malaquias 3.7-12
Introdução:
Tendo como
base a Escritura Sagrada, procurarei dar aqui uma exposição em ordem sobre o
dízimo e como ele foi instituído não como um sistema de imposto para os judeus,
mas como uma ordenança divina para todos os fiéis em toda e qualquer geografia
e em todas as épocas.
Antes da Lei - Melquisedeque
Antes mesmo de
existir a nação judaica, ainda nem mesmo existia a lei do Sinai, os crentes já
consagravam os seus dízimos ao Senhor. Abraão entregou o seu dízimo a
Melquisedeque e Jacó prometeu consagrar a Deus o dízimo de tudo o que possuía e
essa decisão nos leva a entender que fosse uma prática entre aqueles que temiam
a Deus.
Quando o
dízimo foi instituído na lei mosaica como a expressão de lealdade para com o
Senhor, não se constituía em uma lei nova, mas era o reconhecimento de um dever
bem conhecido entre os hebreus antigos.
Medo de faltar o sustento
Para muitas
pessoas é muito difícil retirar o dízimo de seus rendimentos mensais ou anuais.
Com uma economia estável, muitos americanos e ingleses, sabendo dos seus
rendimentos anuais, dizimam uma vez por ano, no valor correspondente aos doze
meses do ano, assim muitas igrejas já estabelecem os seus orçamentos dentro
dessa realidade. Para esses que acham que custa muito separar o seu dízimo, custa
muito mais retê-lo e não contribuir, deixando a carga nos ombros de uns poucos
na igreja. A avareza (amor ao dinheiro) causou muitas vezes o castigo pela
infidelidade ao povo.
O mandamento de
entregar todos os dízimos é um mandato literal, ou a pessoa obedece ou não. O
povo foi chamado de roubadores de Deus, eles eram argentalhos, assim como
muitos hoje o são. Esses nunca prosperarão nas bênçãos do Senhor, porque não
são honestos para com Ele.
Os que tentam
dar uma interpretação espiritual ao texto de Malaquias 3, tem uma péssima
exegese, uma falsa teologia e uma prática pior ainda. A exortação do Senhor ao
povo é que ele os deixaria por eles não cumprir com as suas obrigações
pecuniárias.
Jesus ordenou o dízimo
Ainda há a
ideia de muitos que dizem que o N.T. não legaliza a lei do dízimo. Dizem que a
ordenança no N.T. é de contribuir livremente, sem nenhuma estipulação de
percentual. Quem defende essa ideia, acaba por não obedecer nenhum outro
mandato do Senhor, por exemplo, com relação ao Dia do Senhor, ou seja, acabam transformando
os mandamentos do Senhor em coisa de pouca monta. Querem servir a Deus de
acordo com as suas próprias elucubrações, e não como o Senhor ordena.
Jesus Cristo disse
para sermos dizimistas. Em Mateus 23.23,
diz: “Ai de vós escribas e fariseus
hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado
os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis,
porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas”. Quando o texto diz “devíeis, porém, fazer estas cousas, sem
omitir aquelas”. Está dizendo: “lembre-se dos preceitos da lei: justiça, misericórdia
e fé, mas não deixem de entregar o dízimo”.
Devemos
contribuir para o tesouro da casa de Deus, da mesma forma como ele nos tem dado
o que temos. Quando a situação fica a nosso critério, a nossa avareza e a falta
de fé por causa da nossa natureza caída, falará mais alto, principalmente
quando ainda não somos convertidos.
Como cidadãos
do nosso país nós pagamos os nossos impostos proporcionalmente, assim também
Deus exige de nós que lhe consagremos os nossos bens também de forma
proporcional e assim reconhecemos que tudo pertence a ele.
O Senhor pede
de nós, além dos nossos dízimos, a sétima parte do nosso tempo e muitos dizem
que isso é demais para um pobre pai de família assalariado que precisa do
máximo de tempo para ganhar o seu sustento e de sua família. Existem tantos que
estão sendo privados das bênçãos de Deus por causa da sua desobediência. Nenhum
ser humano consegue trabalhar dez dias seguidos sem descansar, por isso Deus
instituiu o Dia de Descanso. Nem mesmo a Revolução Francesa quando instituiu a
semana de dez dias, pôde sobreviver por muito tempo. Deus exige a sétima parte
do nosso tempo e o dízimo de toda nossa renda, este é um mandamento tão
imperioso quanto aquele.
Conclusão:
Nenhum comentário:
Postar um comentário