Benjamin
Tisseau, um soldado guilhotinado na cidade de Mans, França em 1911, na véspera de
sua execução, enviou quatro cartas ao seu advogado: Uma para os seus pais, duas
a pessoas indicadas por ele e a última deveria ser enviada à imprensa.
Num
dos principais trechos da carta ele diz:
“Estas
linhas tem por objetivo fazer saber como eu, filho de uma família honrada de
operários, cai tão baixo na vida, em consequência do ensino que recebi na minha
adolescência.
Na
escola que eu frequentei me ensinaram que os pais tem autoridade limitada sobre
os seus filhos, que de acordo com as leis do país os pais não tem direito de
disciplinar os seus filhos e que roubar os pais não seria furto e a lei não
puniria o filho que assim fizer.
Sendo
eu um ser humano e naturalmente inclinado para o mal aquelas ideias e as outras
que ouvi sobre a igualdade dos homens e de que não deve haver ricos, mas que
todos devem ser iguais, me excitavam sobremaneira.
Chegou
o momento de eu cometer o meu primeiro delito, e depois disso fui recolhido a
uma casa de correção. O diretor da casa era tão áspero e rude e tratava os
jovens com desumanidade e desprezo, que quando sai dali estava pior do que
quando entrei.
Quando
sai daquela casa, fiquei abandonado à minha própria sorte, sem noção verdadeira
da vida que é vivida de forma boa e justa. Andei sempre por caminhos tortuosos,
convicto de que o que aprendi sobre socialismo era o certo, e ai, sucumbi.”
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