Rev. João d'Eça
O
celebre astrônomo Yohann Kepler nasceu em Weil, em 1571, de uma família nobre,
rica e tradicional, mas que devido à malversação dos recursos, sofreram
contínuos revezes em sua fortuna.
Kepler
estudou na universidade de Tubingem, que era na época uma das mais conceituadas,
com professores de primeira grandeza, muitos dos quais muito o ajudaram nos momentos
de dificuldades pelos quais ele passou.
Kepler
assumiu a cadeira de professor de matemática em 1594 em Graetz, Styrie,
universidade que em 1782 foi substituída por um colégio secundário.
No
ano de 1600 Yohann Kepler viajou para a Boemia com a intenção de estudar astronomia
com o sábio Tycho-Brabe conseguindo aperfeiçoar os óculos que eram usados na
época. Os óculos de Galileu, Kepler substituiu por dois vidros convergentes que
ficou conhecido por luneta astronômica.
Kepler
escreveu muitas obras em latim e teve a glória de descobrir, em 1618, as leis
sobre as quais está fundamentada a astronomia moderna. Foi um trabalho de 22
anos de pesquisas.
Yohann
Kepler era um homem de fé e o seu nome ficou marcado na história da Ciência.
Cada vez que deixava o seu escritório de trabalho e recolhia-se para orar.
Em
1619, depois de ter concluído um dos seus principais trabalhos A Harmonia do Mundo – dirigiu com
devoção uma humilde oração a Deus:
“Óh tu que pelas luzes
sublimes que tens espalhado sobre toda a natureza, elevas nossos desejos até a
divina luz da tua graça, afim de que sejamos um dia transportados à luz eterna
de tua glória! Eu te dou graças, Senhor e criador, por todas as alegrias que
tenho experimentado nos extases em que me tens lançado a contemplação da obra
de tuas mãos. Eis que termino o livro que contém o fruto de meus trabalhos.
Empreguei para compô-lo toda a inteligência que me deste. Proclamei diante dos
homens toda a grandeza de tuas obras, dei testemunho tanto quanto meu espírito
finito pôde abranger o infinito. Fiz todos os esforços para me elevar à verdade
pelos caminhos da filosofia, e sucedeu a mim, miserável verme concebido e
nutrido no pecado, dizer alguma coisa indigna de ti, faz-me conhecer afim de
que eu a possa apagar. Será que não fui levado pelas seduções da presunção
diante da beleza admirável de tuas obras? Não teria eu proposto ante os homens
a minha própria glória elevando este monumento que devia ser consagrado
inteiramente à tua glória? Oh! Se assim é Senhor, recebe-me em tua clemência e
em tua misericórdia, e concede-me a graça de que a obra que acabo de concluir
seja para sempre impotente para fazer o mal, mas que antes contribua para tua
glória e para a salvação das almas.
Yohann
Kepler faleceu em Ratisbouni, na Baviera aos 58 anos, em 1630.
Nenhum comentário:
Postar um comentário