terça-feira, 18 de agosto de 2020

SÉRIE ESBOÇOS DE SERMÃO #2 - A REALIDADE DA ETERNIDADE (Mt. 25.46)


Introdução:
         A eternidade refere-se à vida eterna, é o tempo que não tem fim, que jamais acaba. No que se refere à salvação, trata do destino das pessoas após a sua morte física, cujo destino será, vida eterna com Deus na recompensa celestial, ou, vida eterna, na escuridão, longe de Deus, no que a teologia chama de inferno.

Muitas pessoas não aceitam que se fale em vida eterna, porque para elas não é uma realidade, mas é motivada por crendices de pessoas ignorantes. Seguindo o discurso de céticos em todas as áreas da sociedade, não existiria uma alma imortal.

Não podemos negar que a Sagrada Escritura é quem revela a realidade da alma imortal. Os que não creêm nas Escrituras, não admitem que haja imortalidade, mas os que aceitam a Sagrada Escritura como Palavra de Deus, não podem deixar de depositar a sua confiança na sua revelação.

O Deus revelado nas Escrituras é Eterno, cada vez que a Escritura trata de eternidade, deixa bem claro que Deus é Eterno. A Bíblia deixa bem claro que a alma é perpétua, ou seja, dura para sempre, mas diferente de Deus, que não tem começo e nem fim, a alma é eterna porque Deus a fez assim, a alma humana tem origem em Deus. A alma foi criada por Deus, por isso a alma é eterna, e sendo eterna, é imortal.

Nesse sentido, a Escritura diz qual é o destino da alma humana, ou vai para o “gozo e felicidade eterna”, o céu, ou vai para o “tormento eterno”, o inferno. Vamos analisar essas duas condições ou destinos:

1 – A ALMA TENDO COMO DESTINO O “TORMENTO”, INFERNO.

         Naturalmente essa condição é o destino dos ímpios, daqueles que rejeitam o Senhor Jesus Cristo, daqueles que odeiam a Deus e não querem se submeter ao Seu Senhorio.

Deus mostra aos homens o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, e oferta a eles a salvação por meio desse sacrifício de Nosso Senhor, que sofreu na cruz o que todos os homens deveriam sofrer. Ele foi o substituto dos homens. Aquilo que era para os homens sofrerem ele sofreu, ou seja, pagou o preço do pecado.

Deus estabeleceu que para redimir o homem da culpa e da condenação do pecado, seria necessário que a dívida fosse paga, mas para pagar essa dívida seria necessário o sacrifício de um homem perfeito. Não havia na terra nenhum homem perfeito para pagar a dívida, pois para que esse pagamento fosse realizado, só um ser divino poderia ter essa perfeição. Mas jamais surgiu na terra um homem que fosse ao mesmo tempo, humano-perfeito e divino.

Então, o próprio Deus, se fez homem na pessoa de Jesus Cristo, reunindo em si mesmo, a condição de homem perfeito e divino, podendo então assumir a culpa humana e pagar a dívida do pecado.

O que é a eternidade em tormentos?

         É a condição de desespero espiritual, escuridão total, ausência de qualquer beleza, privação de qualquer tipo de bem e da presença de Deus. Lugar onde não há o brilho de nenhuma luz, onde não se pode ver o sorriso de uma criança, nem mesmo a lembrança de algo bem é possível, não há nenhum bem-estar, mas somente, como diz a Escritura, “choro e ranger de dentes” (     ).

Jesus não deixou que as pessoas ficassem sem o vislumbre do que seria a eternidade no inferno. Eles ilustrou essa realidade, mostrando o local, num vale, onde eram queimados os dejetos, o lixo da cidade de Jerusalém.

Os judeus chamavam esse lugar de “vale dos filhos de Hinon” (II Rs. 23.19), este lugar tornou-se o cenário onde eram sacrificadas crianças ao “deus” pagão, Moloque. Os próprios pais jogavam os seus filhos pequenos nos braços incandescentes da estátua desse ídolo pagão.

No ano de 624 a.C., o rei Josias coibiu essa prática horrenda e determinou que fosse extinta tal prática, decretando o lugar como “lugar imundo”. O profeta Jeremias amaldiçoou o lugar (Jr. 7.30-34). O lugar ficou para ser usado como depósito de dejetos e lixo e que esses dejetos e lixos, seriam queimados, na intenção de destruir o lixo e melhorar o ar por perto, mas sabemos, pela realidade de hoje, que esses lugares onde o lixo é queimado, são lugares insalubres, onde o ar é fétido o tempo todo.

Jesus ilustra esse lugar com as seguintes palavras: “onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga” (    ). Os pecadores que desprezam a Deus e o Seu Santo conhecimento, terão como destino de suas almas, esse terrível e indesejável lugar.

Jesus também diz que nesse lugar “o fogo nunca se apaga”. Nas palavras de Jesus esse fogo, assim como no lixão da cidade, se via a fumaça o tempo todo, dando a ideia de que havia fogo por baixo daqueles dejetos. Assim é o inferno segundo Jesus, lugar de “fogo inextinguível”. Esse lugar está reservado para os ímpios, onde o diabo e os seus anjos já foram jogados para a eternidade.

Algumas ideias e filosofias humanas rejeitam o relato das Escrituras e baseados nas suas ideias humanistas e liberais, não aceitam o fato de o homem ter de sofrer castigo tão extremo. Ocorre que o homem é destinado para o inferno por sua própria vontade, porque prefere usufruir do pecado nesse mundo, a ter de se submeter à graça salvadora de Cristo.

2 – A ALMA TENDO COMO DESTINO A VIDA ETERNA

         Vida eterna fala de duas características dessa vida: a duração e a qualidade. Referindo-se à duração da vida eterna, o termo usado na língua grega original, é o mesmo usado para definir o tormento eterno, a Bíblia diz: “para todo sempre”, “sem fim”, “etrno”.

A vida eterna, é uma vida que não se finda jamais. É uma vida cuja qualidade é compatível com o tempo de sua duração, ou seja, uma vida de qualidade para a eternidade. Nesse sentido a vida eterna para a alma humana não pode ser entendida como uma vida simplesmente interminável. É uma vida cuja qualidade tem a ver com a natureza de Deus e a recompensa que ele dá aos seus eleitos, é uma vida sem nenhuma relação com a vida terrena e passageira que conhecemos.

Os ímpios reprovados não participarão dessa vida de qualidade, o que lhes caberá será “pranto e ranger de dentes”. Para os justos, redimidos e eleitos, a recompensa é semelhante ao que diz o profeta Daniel: “os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn. 12.3). Aqui no mundo os justos são silenciados, obscurecidos e não são vistos, mas na eternidade, serão brilhantes, iluminados, conhecidos, como a luz do sol ao meio dia.

Conclusão:
          A eternidade é uma realidade inquestionável, seja para os salvos, seja para os perdidos. Os que ficarem à esquerda de Jesus Cristo, serão lançados no fogo eterno, diferente dos que ficarem à sua direita, que serão introduzidos nas bem-aventuranças eternas.

As palavras de Jesus Cristo para os ímpios, naquele dia final de julgamento, será: “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os praticais a iniquidade” (Mt. 7.23).

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