terça-feira, 25 de agosto de 2020

SÉRIE ESBOÇO DE SERMÃO # 3 - A OFERTA DA VIÚVA POBRE (Marcos 12.41-44)

By

Rev. João d’Eça



Introdução:
            O evangelista Lucas, em Atos 20.35, enfatiza as palavras de Jesus, que disse: “Há mais felicidade em dar do que receber”. Essa é uma verdade para quem compreende o cristianismo.

Para quem entendeu os princípios do evangelho de Cristo, dar a quem necessita vem acompanhado de prazer, inspiração e benção.

O apóstolo Paulo em II Co. 9.7 declara que “Deus ama o que dá com alegria”. O Senhor concederá a graça aquele que é liberal em contribuir.

Essa pobre mulher do texto que encima esse esboço, claramente está dominada por esse sentimento quando se aproximou do gazofilácio do templo, a fim de depositar a sua, aparentemente, insignificante oferta.

A palavra “insignificante” aqui, não tem a ver com o que ela ofertou, mas em comparação com as outras ofertas doadas pelos mais ricos, que doava o que lhes sobravam, enquanto que aquela mulher doou tudo o que possuía.

Vamos analisar a oferta da viúva.

1 – O SIGNIFICADO DA OFERTA DA VIÚVA

A viúva fez a sua oferta com espírito de amor a Deus, piedade e devoção. Ela era viúva, pobre e muito carente. As viúvas eram uma classe desamparada, não havia quem amparasse, eram jogadas à sua própria sorte, forçadas a trabalhar para manter a sua subsistência... Sendo pobre não ganhava o suficiente nem mesmo para o mais básico. As viúvas eram sem dúvida, dignas de piedade, de compaixão, carentes de socorro das pessoas piedosas.

Nada conseguiu demover o espírito piedoso daquela mulher. A fome, o desamparo, o sofrimento, nem mesmo a morte. Acima de toda essas circunstâncias, ela era uma mulher temente a Deus, e o amor pela causa do evangelho, era o que lhe impulsionava.

Nos comove a leitura do Evangelho, quando vemos as condições daquela viúva e a oferta que ela deu: Duas moedas. A mulher poderia ter dado somente uma das moedas, e guardado a outra. Ou, então, poderia ter ficado para si. A sua situação justificaria plenamente a atitude, se assim fizesse. A pergunta que fazemos é a seguinte: Por que ela não fez assim? Porque a sua dedicação ao Senhor, a sua lealdade e piedade não lhe permitiria fazer diferente.

 Quando a lealdade, a fidelidade, o altruísmo e o amor a Deus imperam no coração de um crente, não sobra espaço para uma mera fé intelectual, porque o que impera é a confiança, a abnegação e a renúncia de si mesmo. O Senhor retribui com muitas bençãos, não só aqui, mas também na eternidade, para aqueles que amam a sua obra e contribuem para o avanço do reino.

Observamos no entanto que os que mais contribuem para o avanço do reino de Deus, são justamente os mais necessitados, os que passam por maiores dificuldades financeiras, mas são estes que desfrutam das maiores bençãos recebidas das mãos do Salvador.

Onde a mulher fez a sua oferta?

Ela depositou no gazofilácio, no lugar apropriado, para ser administrado não por ela, mas por quem tinha responsabilidade de fazê-lo. A contribuição é para ser trazida à tesouraria da igreja, não pode ser administrada por quem oferta.

Para que as ofertas foram dadas?

 Para o sustento da obra, para a organização do culto divino, para a manutenção da igreja do Senhor, afim de que o Seu nome seja honrado e glorificado, e, essa atitude é confortadora ao coração. Quem não se sentir impelido a contribuir para uma causa tão nobre, com certeza não se sentirá impelido a mais nada.

Os que não contribuem para a obra de Deus demonstram mesquinhez e egoísmo. Não contribuem, ou contribuem com muito pouco diante do seu potencial de contribuição, porque o que ganham, estão gastando consigo mesmo, a ponto de gastarem até o que é devido a Deus e ao sustento da Sua obra.

2 – O RECONHECIMENTO DA OFERTA DA VIÚVA

O texto lido nos mostra a observação de Jesus Cristo: Ele prestou atenção, avaliou, aprovou e louvou a atitude da viúva.

Viu quando ela depositou as duas moedas e para o modo como as demais pessoas depositavam as suas ofertas. O texto diz que Jesus avaliou que eles “ofertavam do que lhes sobejava”. A conclusão do Senhor foi que a oferta da viúva foi maior que a oferta dos demais, inclusive dos ricos que ali estavam. Ele avaliou, aprovou e reconheceu. Ela doou tudo o que possuía.

A expressão “tudo o que possuía”, devia nos humilhar em face de nossa pobreza, não de recursos materiais, mas de fé, de reconhecimento, de dependência, e de gratidão para com Deus que nos dá tudo.

3 – AS LIÇÕES DA OFERTA DA VIÚVA

Aprendemos aqui no ensino desse texto, que:

a) O valor de uma oferta depende de algumas situações:
            a.1) Do potencial de oferta de quem entrega a oferta (Se é tudo o que tem, se é o que está sobrando, ou se é uma oferta generosa, por amor a Deus);
            a.2) Das circunstâncias do ofertante (Se pode doar mas não o faz, ou se doa sem poder doar);
            a.3) Das motivações do ofertante (Tem prazer em ofertar e enxerga nisso um glorioso privilégio);
            a.4) Da finalidade da oferta (Por propósitos altruístas e nobres, ou para buscar reconhecimento pelo que fez).

Conclusão:

A viúva ofertou tudo o que tinha. Ela dispunha de apenas duas moedas para o seu sustento, mas ela ofertou tudo ao Senhor, confiando que Ele a supriria. Ela era uma mulher carente, necessitada e pobre, mas ofertou à causa do mestre. Ela o fez porque amava a causa de Deus, amava a obra do Senhor e sabia que a sua oferta seria destinada ao culto divino.

Pergunto a você:
- Você aprendeu essas valiosas lições?
- Se não aprendeu, como você poderá viver feliz?

Você sabia que o seu compromisso para com a obra de Deus é tão importante, ou seja, a sua contribuição tem muita importância, assim como a sua falta de contribuição também.

Aprenda as lições do nosso Senhor no texto em tela.

Amém!




Nenhum comentário:

Minhas postagens anteriores