terça-feira, 2 de setembro de 2008

A CIÊNCIA TEM AUTORIDADE PARA FALAR DE RELIGIÃO?

Por
Rev. João d'Eça
Alguns cientistas das ciências naturais como Matemática e Física, nos últimos tempos, tem atacado a religião com um sentimento de mais ou menos raiva, com base nos seus diplomas acadêmicos, acham que possuem autoridade suficiente para fazer esses ataques.
Dentre esses que atacam, podemos citar os que são mais raivosos como Christopher Richten, John Allan Paulos e Richard Dawkins, que pensam que os seus diplomas adquiridos em destacadas Universidades, os habilitam para falarem de religião.
Os cientistas citados, em seus postulados, afirmam que os cientistas do passado que também eram matemáticos e físicos e que criam na existência de Deus, dizem que eles tinham uma concepção muito particular de Deus e o que para eles era Deus, era totalmente diferente para o cidadão comum. Dizem que as leis impessoais do universo já foram chamadas de Deus e que portanto definir Deus assim, então, Deus existe.
Com afirmações como essas, concluímos que eles nunca leram aqueles que eles atacam, como Leibniz e Pascal, por exemplo. Uma outra forma de ataque que eles se utilizam é a leitura que fazem da Bíblia. Eles fazem uma leitura literal e tentam provar que as afirmações a partir de uma leitura da Bíblia feita literalmente não se sustentam. Ora esse é um empreendimento totalmente ingênuo, fútil e infantil.
Na verdade, com essa atitude, eles estão discutindo com a crença do cidadão comum acerca de Deus, somente em áreas periféricas, não discutem o centro, o âmago, não combatem os postulados dos grandes pensadores da religião cristã, não tem conhecimento das línguas originais e nem da filosofia da religião ou da história da teologia.
É claro que o conhecimento do cidadão comum é totalmente periférico, metafórico, alusivo e simbólico; que parte de uma leitura literal dos seus postulados. A simples alegação do cidadão comum, que atribui a Deus, a cura de uma doença, por exemplo, não pode ser afirmado e muito menos impugnado, porque careceria de uma seqüência de operações lógicas extremamente complicadas.
O que pode ser testado, examinado e discutido, não são jamais, as crenças metafóricas do cidadão comum, mas sim, as teses sistematizadas pelas quais a religião se expressa. Somente a teologia de alto nível podem ser discutidas, que é o que eles não fazem.
Não vemos esses homens combaterem as teses de Agostinho, de Tomás de Aquino, de Lutero, de Calvino, de Berkhof, de Hodge e de muitos outros. Eles fogem disso e apenas vão discutir as crenças periféricas e metafóricas do cidadão comum com os seus diplomas de Matemática e Física, e o resultado: Vitória pra ciência, é claro! Sabe o que é isso? É charlatanismo puro.
Não se pode desprezar ou fazer afirmações de inverdade a um postulado científico de Einstein, por exemplo, indagando do padeiro da esquina sobre o seu conhecimento das teorias do grande cientista, isso seria vigarice intelectual, e é exatamente isso que fazem, Charles Dawkins, John Paulos e outros. Para eles, a crença do cidadão comum é que representa a verdadeira religião e a crença dos teólogos e filósofos citados acima, para eles não é religião.
Eles não estão preocupados com uma discussão séria, o que eles querem é difamar. O que querem ainda, além de difamar, é ganhar dinheiro com a venda dos seus livros e com apresentação de palestras em universidades ao redor do mundo, ou seja, são mercenários da intelectualidade, e o pior, existem milhares de bobalhões ovacionando esses desonestos.
Eles são grandes charlatões e infelizmente repórteres, jornais e revistas estão puxando o saco desse pessoal e dando ouvidos a eles, porque são ignorantes, porque acreditam que eles derrubaram as crenças no cristianismo, por causa do embate deles com o trabalhador que freqüenta a Igreja Universal, ou com a irmãzinha comum que aos finais de semana freqüenta o culto da igreja da esquina.
Definitivamente, não dá pra acreditar nesses homens como honestos e bem intencionados.

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